Os primórdios dos sinais de trânsito

AUTOR: Gonçalo Meira | PUBLICADO EM: 02/11/2020 | Última atualização: 08/06/2022

Consegue imaginar quando é que começaram os sinais de trânsito?

Os antecessores do sinal STOP e de todos os outros que fazem parte do Código de Estrada Português têm centenas e, até, milhares de anos de história.

A Seguropordias.pt fez uma investigação e vai apresentar-lhe, neste artigo, os primórdios dos sinais de trânsito.

 

Os Romanos

A ideia de regulamentar os meios de transporte e criar sinais com indicações já existe desde o Império Romano.

As primeiras estradas e, consequentemente, as primeiras indicações foram inventadas pelos Romanos, que usavam colunas de pedra com cerca de dois metros, os marcos.

A função destes era indicar a distância do local até à capital do império, Roma.

Mesmo com 2 mil anos de existência anterior à nossa época, os Romanos mostravam-se tão desenvolvidos que ainda inventaram outra figura essencial ao trânsito: as passadeiras.

Utilizaram pedras mais elevadas que as do pavimento, para forçar quem aí passava a abrandar e passar entra as mesmas.

Nesta situação, tal como passadeiras de hoje em dia, era facilitada a passagem aos peões, que já detinham a prioridade. 

 

Semáforo em Londres

Em todos os locais do mundo desenvolvido existem semáforos.

São o meio com mais provas dadas no que toca à eficácia da sinalização em áreas urbanas.

Em Londres, no século XIX, um engenheiro ferroviário chamado John Peake Knight inventou uma espécie de semáforo, que mais tarde iria originar os que vemos todos os dias nas nossas estradas.

Em 1866, os registos mostram que morreram 1102 pessoas nas estradas de Londres, o que levou a uma proposta de sinalização para regulamentação do trânsito que reduzisse o número de acidentes.

Este era um lampião movido a gás com uma luz vermelha e outra verde, que indicavam se os cavalos que moviam carroças podiam ou não passar.

Apesar de ser uma grande inovação para a época, poucos dias após ser colocado explodiu, por ser aceso através do gás.

 

Sinal de trânsito em Lisboa

Com uma história tão rica e vasta, o nosso país não podia, claro está, ficar de fora nas invenções dos sinais de trânsito.

No reinado de D. Pedro II foram colocados, por sua ordem, 24 placas referentes ao trânsito em Lisboa, em várias ruas da cidade.

Estas indicavam várias regras e leis, que corresponderiam atualmente ao Código da Estrada Português.

Hoje em dia, só uma única placa sobreviveu a essa época, que se encontra da Rua Do Salvador, em Alfama.

Se já passou nesta rua, talvez já tenha reparado na mesma.

É possível ler “Ano de 1686. Sua Majestade ordena que os coches, seges e liteiras que vierem da Portaria do Salvador recuem para a mesma parte”.

Este sinal significa que quem viesse de cima, tinha de ceder a prioridade a quem subisse essa rua, tal e qual o que se passa atualmente.

Outras placas foram colocadas em São Tomé, na Largo de Santa Luzia ou na Calçada de Santa Luzia.

Os problemas com o trânsito em Lisboa já eram imensos, tendo, então, criado esta necessidade de o rei legislar, ainda no século XVII.

Além do referido, o rei proibiu expressamente o uso de adagas, bordões ou quaisquer outras armas que pudessem ser usadas numa discussão de trânsito.

As multas eram, na altura, bem mais pesadas do que agora. 

Se atualmente nos queixamos por pagar coimas por excessos de velocidade, ou outro motivo qualquer, imagine o que era naquela altura em que, por exemplo, se violasse a regra referida em cima, teria de pagar 2 mil cruzados  e corria o risco de ser, até, enviado para o Brasil como exilado.

Contrate o Seguro por dias para o seu veículo em 5 minutos

Agora é possivel fazer um seguro por dias de forma fácil e rápida, totalmente on-line, a partir de qualquer dispositivo.


Autores

autor

Gonçalo Meira

Um excelente profissional com formação em Ciências da Comunicação e um mestrado em Gestão da Comunicação e das Indústrias Criativas. A sua dedicação p... Mais sobre Gonçalo Meira

Quer receber as nossas notícias?

Estas serão enviadas para o seu e-mail para que possa ler quando quiser.

Nunca compartilharemos seu email com mais ninguém.

Eu aceito as políticas de privacidade