Pressão dos pneus: como verificar e ajustar no seu carro

AUTOR: Cláudia Lourenço | REVISOR: Beatriz Martins de Castro | PUBLICADO EM: 26/02/2025 | Última atualização: 26/02/2025

Manter a pressão correta dos pneus é essencial para a segurança, economia de combustível e durabilidade dos pneus do seu carro. No entanto, muitos condutores não verificam esta informação com a frequência suficiente, o que pode levar a certos riscos. Neste artigo vamos explicar como verificar e ajustar a pressão dos pneus do seu automóvel de forma simples e eficaz, garantindo um ótimo desempenho e uma condução mais segura.

Como verificar a pressão dos pneus? 

Para verificar que os pneus da nossa viatura estão devidamente calibrados devemos antes de tudo saber qual a pressão ideal recomendada pelo fabricante.

 Indicação da pressão indicada pelo fabricante

Geralmente, esta indicação encontra-se no interior da porta do condutor, na tampa do bocal de abastecimento de combustível, no manual do veículo ou, em último caso, no compartimento do motor.

O seguinte passo é encontrar um manómetro de pressão, geralmente disponíveis de forma gratuita em postos de gasolina. Para o utilizar deve remover a tampa da válvula e colocar o manómetro de pressão na válvula do pneu e pressionar firmemente para garantir uma vedação adequada. Quando atingir a pressão dos pneus desejada no medidor volte a colocar as tampas das válvulas.

Deve ter em atenção que deve verificar a pressão dos pneus sem a viatura ter circulado ou quando tiver circulado muito pouco. Se verificar a pressão dos pneus depois de conduzir durante algum tempo os pneus vão estar sobreaquecidos, o que aumenta a sua pressão e poderá levar ao engano de retirar ar para a ajustar.

Com que regularidade verificar?

É importante fazer a manutenção adequada dos pneus e ajustar a pressão pelo menos uma vez por mês, para garantir uma condução segura e uma maior vida útil dos pneus.

O que causa a perda de pressão dos pneus?

A pressão dos pneus pode diminuir por vários fatores sendo as principais causas:

  • Variações de temperatura: o ar dentro dos pneus expande-se com o calor e contrai com o frio, o que causa uma queda na pressão nos pneus perdendo aderência e tração. Por isso, é bom considerar a opção de pneus de inverno porque mantêm a flexibilidade mesmo com temperaturas baixas. 

  • Pneus danificados: pequenos furos ou cortes no pneu ou danos na válvula podem causar esvaziamentos lentos que diminuem a pressão ao longo do tempo. Isto pode ser causado em colisões ou em passagens bruscas por buracos ou bordas da calçada.

  • Desgaste natural: com o tempo os pneus tendem a perder pressão mais rapidamente devido ao desgaste da borracha e outros componentes.

  • Vedação deficiente: se o pneu não estiver corretamente montado no aro pode haver escapamento lento do ar.

  • Sobrecarga do veículo: carregar o veículo com mais peso do que o recomendado pode causar uma pressão inadequada nos pneus, levando à perda de ar.

    Pressão baixa pneu

O que acontece se a pressão dos pneus estiver baixa?

A pressão insuficiente dos pneus pode ter consequências significativas tanto para o desempenho do automóvel como para a segurança rodoviária.

As principais implicações de ter pneus com pressão baixa são:

  • Desgaste irregular do piso dos pneus: a pressão inadequada causa um desgaste externo mais rápido o que reduz a sua vida útil e pode exigir trocas mais frequentes e, consequentemente, custos adicionais.

  • Aumento do consumo de combustível: os pneus com pressão baixa aumentam a resistência ao rolamento e, consequentemente, a um maior esforço do motor.

  • Menor estabilidade de condução: uma pressão abaixo do ideal causa um maior peso do pneu o que dificulta o movimento do veículo. Por isso, os pneus não conseguirão reagir da forma ideal quando se faz uma travagem, aumentando a distância de travagem e pondo em causa a segurança de todos. Logicamente, aumenta o risco de acidentes.

  • Maior risco de furos ou rebentamentos: pneus abaixo da pressão ideal são mais suscetíveis a danos devido à pressão insuficiente que sobrecarrega o material, especialmente quando se conduz a altas velocidades.

  • Desgaste prematuro dos componentes da suspensão e da direção: colocando mais pressão sobre estes componentes existe a necessidade de reparações antecipadas e muito dispendiosas.

E se a pressão dos pneus estiver elevada?

Existem algumas semelhanças nas consequências de ter uma pressão dos pneus demasiado alta ou demasiado baixa.

  • Desgaste desigual e acelerado: neste caso, uma pressão mais elevada pode causar desgaste irregular no centro da banda de rodagem.
  • Eficiência de combustível comprometida: a pressão em excesso reduz a resistência ao rolamento e afeta a aderência do carro fazendo com que seja necessário maior esforço para manter a estabilidade, especialmente em curvas ou terrenos irregulares.

  • Condução “dura” e desconfortável: com a pressão excessiva a suspensão do carro fica mais rígida, tornando a condução menos confortável, com mais vibrações e ruídos no veículo.

  • Menor aderência: pneus muito inflados têm uma área de contato menor com o solo, o que pode diminuir a tração e a aderência, especialmente em condições de chuva ou superfícies escorregadias.

  • Maior risco de danos: pneus com pressão elevada são mais rígidos e não absorvem impactos ficando mais suscetíveis a danos como em buracos na estrada. Para além disso, em altas velocidades ou em longas distâncias, os pneus muito inflados podem superaquecer e, em casos extremos, levar ao rebentamento do pneu.

Em suma, ambos os extremos podem afetar negativamente o desempenho do veículo e a segurança rodoviária. Por isso, é importante manter a pressão dos pneus dentro dos intervalos recomendados pelo fabricante para evitar estes problemas.

Pressão dos pneus e novas tecnologias

Neste artigo, já explicámos como verificar a pressão dos pneus do carro, quais as consequências de ter a pressão errada e a importância de seguir estas recomendações. 

É essencial compreender que não existe uma pressão única que se aplique universalmente a todos os veículos. Cada fabricante define recomendações específicas com base nas características individuais dos seus automóveis. Neste artigo já explicámos onde encontrar estas informações na sua viatura.

No entanto, existem tabelas oficiais que podem ser facilmente encontradas online e geralmente indicam que a pressão de um pneu entre 2 e 2,5 bares é um intervalo considerado normal.

Hoje em dia, é muito mais fácil detetar a pressão dos pneus através do sistema TPMS (Sistema de Monitorização da Pressão dos Pneus) obrigatório na Europa desde 2014 nas viaturas fabricadas a partir desta data. Em termos práticos, o TPMS consegue apresentar o nível de pressão dos pneus no seu painel de instrumentos através de um indicador ou luz de aviso.

Pessoa a verificar pressão pneu

Por conseguinte, é essencial que os proprietários de veículos compreendam a importância de verificar e ajustar regularmente a pressão dos pneus do automóvel de acordo com as recomendações do fabricante. Ao fazê-lo, não só aumentará a vida útil dos pneus e otimizará o consumo de combustível, como também garantirá uma experiência de condução mais segura e confortável para todos os ocupantes do veículo e outros viajantes. Por todas estas razões, o investimento de tempo e dinheiro no pneu do seu carro não é em vão. Deixamos aqui uma indicação dos melhores pneus para o seu carro.

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Cláudia Lourenço

Licenciada em Gestão em 2022 pela Universidade do Minho, começou a trabalhar na empresa logo após a conclusão do seu estágio profissional, também ele ... Mais sobre Cláudia Lourenço

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Beatriz Martins de Castro

Licenciada em Comunicação Social pela Universidade Católica Portuguesa de Lisboa, em 2015 mudou-se para Madrid para realizar o Mestrado em Relações Pú... Mais sobre Beatriz Martins de Castro

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