A rede de radares de Portugal vai receber um aumento, com os Locais de Controlo de Velocidade (LCV) a ampliarem as suas unidades, de 60 para 110.
O Sistema Nacional de Controlo de Velocidade (SINCRO) terá, desta forma, mais 50 LCV – 30 de velocidade instantânea e 20 para o controlo de velocidade média entre dois pontos.
Visto ser um processo continuado, a previsão é que todos estejam colocados e prontos a funcionar a princípios do ano 2024.
A grande novidade é mesmo essa - a chegada a Portugal dos radares que medem a velocidade entre dois pontos, em vez dos tradicionais que medem a velocidade a que um condutor circula num certo local.
Apesar de já existirem em alguns países da Europa, são os primeiros deste género no nosso país.
O grande objetivo é penalizar as pessoas que reduzem repentinamente a velocidade quando se aproximam de um radar fixo e voltam a acelerar depois de o passarem.
Nesta situação descrita, um condutor que acelere depois de passar o radar e ultrapassar o limite de velocidade permitido na estrada em que se encontre, será multado pelas autoridades.
Outra das inovações com este sistema de radar é a capacidade para medir, ao mesmo tempo, a velocidade de vários veículos, mesmo quando estes circulam lado a lado.
Segundo a Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR), em 4 anos de funcionamento da rede SINCRO, nos locais onde foram instalados os radares deste sistema, houve:
- menos 29% de acidentes com vítimas;
- menos 82% vítimas mortais;
- menos 57% de feridos graves;
- menos 26% de feridos ligeiros.
A ANSR divulgou alguns dos locais onde os novos radares serão instalados:
- EN5 em Palmela.
- EN10 em Vila Franca de Xira.
- EN101 em Vila Verde.
- EN106 em Penafiel.
- EN109 em Bom Sucesso.
- IC19 em Sintra.
- IC8 na Sertã.
A decisão dos locais para instalação dos novos radares partiu do princípio, “entre outros fatores, o nível de sinistralidade aí existente e em que a velocidade excessiva se revelou uma das causas para essa sinistralidade”.
Alguns meios de comunicação apresentam, também, a informação que a Segunda Circular e a Avenida de Ceuta, em Lisboa, também possuirão estes novos dispositivos.
Um estudo feito em 2019 pela Statista, com base nos dados fornecidos pelo SCBD.info, mostra-nos que Portugal está muito abaixo do topo do ranking dos países europeus com mais radares nas estradas.
Este estudo avalia o número de radares fixos por 1000 km quadrados e o nosso país encontra-se em 13º lugar, com cerca de 1 radar pela medida estabelecida.
A Bélgica é quem lidera este ranking, com cerca de 67 radares por 1000 km quadrados, seguida por países como Malta, Itália, Grã Bretanha, Alemanha e França.
A nossa vizinha Espanha está, igualmente, à nossa frente, com 3,4 radares por 1000 km quadrados.
Atrás de Portugal, encontram-se a Dinamarca, Irlanda e Rússia.
Sabemos que muitos condutores portugueses viajam regularmente até à nossa vizinha Espanha e, por isso, convém que estejam informados.
Em terras de “nuestros hermanos”, os radares que medem a velocidade média entre dois pontos, que vão chegar em breve a Portugal, já existem há alguns anos.
Existem, também, os radares que recorrem a um drone, que se encontra a 120 metros de altitude, regista com recurso a imagem possíveis infrações na estrada e envia-as para os operadores de gestão de trânsito.
Os radares em cascata, assim chamados no nosso país, são um método que está a ser desenvolvido em Espanha.
Através da instalação de vários radares móveis antes ou depois de um radar fixo (que contém sinal de trânsito), a polícia consegue perceber se os condutores travaram imediatamente antes do radar e, de seguida, voltaram a acelerar.
Este sistema tem-se mostrado eficaz nos vários testes realizados e tem um custo mais baixo, devido ao preço inferior de um radar móvel, em comparação com um radar fixo.
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