Lendas relacionadas com o teste de álcool

Em 2020, apenas durante a época natalícia, 218 pessoas apresentaram uma taxa de álcool superior à máxima permitida, o que resultou em 174 detenções por parte das autoridades.

Ano após ano, o consumo elevado de álcool mantem-se como uma das contraordenações mais ocorrentes nas estradas portugueses, bem como uma das principais causas de acidentes. 

Como é sabido, a taxa máxima que os condutores podem apresentar em Portugal é de 0,5 g/l de sangue. 

A Seguropordias.pt recomenda que, caso vá conduzir, não beba álcool, de todo, de forma a garantir a segurança na estrada.

Segundo a Prevenção Rodoviária Portuguesa, o risco de morte dos condutores com taxas de álcool no sangue acima de 1,2 g/l é 140 vezes maior do que os que conduzem sem álcool.

No entanto, existem muitas histórias e mitos relacionados com o teste de álcool que as autoridades todas as semanas fazem, que vamos desmistificar.

Mitos do teste de álcool

Dormir um pouco depois de beber torna-me apto à condução

Falso! Obviamente tudo depende da quantidade de álcool consumida e do metabolismo de cada pessoa, mas, caso tenha bebido o suficiente para acusar no teste, não é por fazer uma sesta que os valores irão baixar.

Se a quantidade de álcool que ingeriu for grande, é provável que a taxa de alcoolemia continue muito elevada, até depois de uma noite de sono. 

Dormir pode ser milagroso para muitas soluções mas no que toca ao efeito do álcool para conduzir, não é.

Parar de beber uma ou duas horas antes deixa-me bem para conduzir

Falso! Mais uma vez, tal depende de quantidade de álcool que ingerir e do seu metabolismo. 

Mas, se bebeu o equivalente ou superior a uma taxa crime de álcool no sangue (1,2 g/l), uma ou duas horas não serão suficientes para evitar os perigos que corre a conduzir sob efeito de álcool.

O ritmo médio de eliminação de álcool no sangue é de 0.20g/l por hora.

Com um café e um doce estou pronto para conduzir

Falso! O teste de álcool verifica, através do ar expelido dos pulmões, a quantidade de álcool no sangue, e não quanto álcool está presente na nossa boca.

Daí o café, os rebuçados ou outros, não terem qualquer efeito nesta questão.

Beber 1,5 litros de água antes de conduzir e estou ótimo

Falso! Beber muita água depois de ter ingerido uma enorme quantidade de álcool poderá ajudá-lo a ficar mais calmo, no entanto, como referido no ponto anterior, o teste vai medir o álcool presente na sua corrente sanguínea.

Assim, misturar a água com o álcool no seu organismo será positivo para o dia seguinte, mas no teste de álcool das autoridades não terá efeito. 

Se soprar com pouca força no teste talvez não acuse

Falso! De todos os pontos abordados, este deve ser o que menos faz sentido, mas é muitas vezes falado.

A tentativa de enganar o teste ao álcool tem dois grandes erros: em primeiro lugar, é necessária uma certa quantidade de ar, pelo que, se soprar com pouca força, terá de repetir; em segundo lugar, estará a provocar os agentes da autoridade e tal nunca é boa ideia.

Tomar medicamentos reduz a quantidade de álcool no meu corpo

Falso! Ingerir medicamentos, seja de que tipo for, não vai fazer com que quantidade de álcool no seu sangue diminua.

Pelo contrário, alguns desses podem mesmo aumentar os efeitos alcóolicos no seu metabolismo, o que pode provocar ainda mais problemas. 

Fazer exercício diminui o álcool no sistema

Falso! Já correu o mito que fazer flexões ou uma corrida que nos faça suar faz com o que álcool desapareça mais rapidamente, mas tal é mentira.

Aliás, depois de ingerir álcool, se praticar desporto poderá sentir-se mal e até vomitar.

O álcool precisa sempre de várias horas para sair do seu corpo e algum tempo de esforço físico, por mais intenso que seja, não o fará passar no teste.

Seja sempre responsável enquanto conduz na estrada e, se beber, não conduza.

A Seguropordias.pt pretender esclarecer esta e outras questões muito importantes para a segurança na estrada.