Por ocasião do Dia da Mulher, celebrado desde 1977 no dia 8 de março, decidimos relembrar algumas das muitas mulheres que deixaram uma marca histórica no mundo automóvel.
Quem pensa que o interesse pelos carros, pela sua mecânica e funcionalidade, é exclusivo dos homens, mais enganado não podia estar, tal como vamos provar de seguida.
A Seguropordias.pt pretende, então, prestar a sua homenagem a todas a estas mulheres corajosas e visionários, que alteraram completamente este mundo que apaixona milhões de pessoas por esse mundo fora.
A elas, o nosso agradecimento pelo seu pioneirismo.
Bertha Benz foi a primeira mulher a fazer uma viagem de carro. Ringer, que era o seu nome enquanto solteira, ajudava o seu noivo, Karl Benz, na oficina.
Apesar de ser dona de casa, em 1880 decidiu mudar isso.
Pediu ajuda a dois dos seus filhos, para empurrar o carro até um sítio longe de casa e não fazer barulho.
Foi, assim, a primeira vez que uma mulher conduziu um carro.
A intenção era viajar até Pforzheim, a sua cidade natal.
Uma viagem de 104 quilómetros por estradas, algo que ninguém ousou fazer antes. Ao chegar ao destino, enviou um telegrama a Karl Benz para informá-lo de que tudo tinha corrido bem
A destemida Bertha Benz deu, mais tarde, orientações ao marido sobre como desenvolver o carro, com melhores travões e uma velocidade adicional mais curta para subir passeios.
Após a viagem, 25 unidades do veículo Benz foram vendidas.
Como legado desta maravilhosa aventura, foi criada uma rota turística na Alemanha conhecida como “Rota Memorial Bertha Benz”, uma homenagem à primeira viagem de um veículo automotor.
Florence Lawrense foi uma atriz muito conhecida, considerada a “primeira estrela de cinema”, tenho participado em mais de 300 filmes.
Mas a sétima arte não era a sua única paixão.
Através da fortuna que conseguiu juntar com o cinema, adquiriu imensos carros, de todos os tipos.
O mais curioso é que, além de os conduzir, também consertava e atualizava os carros.
Esta paixão levou-a a criar um dispositivo em forma de bastão que se movia para indicar a direção para onde o veículo ia e um sinal de quando o travão fosse acionado.
Assim, tornou-se a inventora do pisca e da luz de travão, embora nunca tenha patenteado suas ideias.
Mary Anderson foi quem desenhou o primeiro limpo pára-brisas.
Consegue imaginar, nos dias de hoje, um carro sem esta peça?
Tudo começou no inverno de 1902 em Nova Iorque, quando Anderson estava num táxi com as filhas e percebeu que o motorista precisava de parar constantemente para tirar a água, o gelo e a sujidade que se acumulavam nas janelas.
Conseguiu patentear a sua inovação, mas não encontrou comprador. Depois, quando os seus direitos expiraram, o limpa pára-brisa começou a ser instalado como padrão na grande maioria dos veículos.
Margaret Knight entrou para a história como a inventora dos sacos de papel, depois de fazer uma máquina que os produzia em série.
Durante a sua vida, esta mulher histórica obteve cerca de 30 patentes e registou mais de 90 invenções das indústrias têxtil, de papel e motor.
A que é considera como maior contribuição para os motores foi a invenção da válvula de manga, uma peça fundamental.
Em 2006 foi incluída no Salão da Fama (Hall of Fame) dos Inventores Nacionais.
Dorothy Levitt foi uma piloto britânica que escreveu um manual de condução onde aconselhou o uso de um espelho retrovisor.
Durante a sua vida, escreveu um livro em que recomendava carregar um espelho de mão em local apropriado e usá-lo para olhar para trás quando estivesse atrás do volante.
Quando lançou a ideia, chamaram-lhe de ridícula, no entanto, 10 anos depois, o espelho retrovisor foi incorporado na fabricação de carros em todo o mundo.
Dorothy Levitt quebrou o recorde de atingir 146 km/h com o seu carro em 1905.
As suas habilidades como condutora levaram-na a dar aulas de condução à Rainha Alexandra da Dinamarca.
June McCarroll era médica de profissão e um dia em 1917, enquanto conduzia para seu consultório na Califórnia, a ação de um camião levou-a para fora da estrada.
Foi então que pensou que uma linha divisória na estrada teria, provavelmente, evitado o acidente.
McCarroll explicou a sua ideia às autoridades da Califórnia, que se recusaram a executá-la.
Isso levou a que, a própria June, com as suas mãos, pintasse uma linha divisória num trecho de estrada e convenceu uma associação de mulheres a promover essa proposta.
Em 1924 as autoridades locais transformaram a ideia de June McCarroll em lei e pintaram uma linha de separação durante 5600 quilómetros de estrada.
Anne de Rochechouart foi a primeira mulher a obter a carta de condução.
Corria o ano de 1897, quando esta aristocrata francesa foi aprovada no exame de código e recebeu a carta de condução.
Por outro lado, e consequentemente,2 meses depois teve de ir a tribunal por ter apanhada a circular a uma velocidade superior ao permitido.
Quem nunca, não é?
Maria Teresa de Filippis tornou-se a primeira a pilotar um carro da Fórmula 1, no ano de 1958.
Na altura, conduziu um modelo da marca Maserati.
Foi, sem dúvida, uma mulher histórica que sempre lutou contra os preconceitos da época e uma pilota fenomenal, segundo consta.
Mary Barra assumiu em 2014 o cargo de CEO da empresa General Motors.
Foi a primeira mulher a conquistar tal feito e é, de facto, um exemplo para todos dentro do mundo dos negócios, no ramo automóvel mais especificamente.
No mesmo ano, a revista Times colocou-a na capa de uma das suas edições mensais, caracterizando-a como uma das “100 pessoas mais influentes do mundo".
Há muitas outras mulheres pioneiras que deixaram a sua marca de diferentes formas, em várias áreas importantíssimas e que merecem o seu espaço, mas, por enquanto, vamos ficar com estas que mudaram a história do mundo automóvel.
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