Tudo sobre o cruise control

Caso já possua carta de condução e conduza regularmente, sabe o que é o cruise control, correto?

Este mecanismo dos automóveis mais recentes, que traduzido literalmente em língua portuguesa significa controlo de cruzeiro, dá a possibilidade a quem vai ao volante de fixar uma velocidade determinada e, assim, não ter de acelerar mais com o pé.

Assim, é fácil de perceber logo uma das grandes vantagens deste mecanismo: o conforto durante uma viagem.

O cruise control possui várias opções para a sua utilização, mas exige, igualmente, alguns cuidados da parte do condutor.

Mas, será que o cruise control permite ao condutor poupar combustível?

Um dado curioso é que, na verdade, este sistema foi inventado em 1940, por um engenheiro mecânico norte americano, Ralph Teetor, apesar de só recentemente chegar aos nossos automóveis de forma recorrente.

O funcionamento do cruise control

O cruise control funciona a partir de botões que vai encontrar, na grande maioria dos casos, no volante do seu automóvel.

Nestes, pode definir a velocidade que pretende fixar e, desta forma, largar o acelerador.

O seu automóvel vai, de seguida, aplicar a potência necessária para se manter a essa velocidade indicada e, assim, proporcionar-lhe mais conforto, já que só vai necessitar de controlar o volante, e o travão, obviamente, quando necessário.

Ao mesmo tempo, numa viagem longa, será um bom aliado para manter a velocidade estipulada pela lei do Código da Estrada.

Se está a pensar que é muito perigoso porque está a acelerar em vez do condutor, não tem motivos para preocupação, já que os sistemas internos do cruise control concedem-lhe toda a estabilidade e o controlo do veículo ao condutor.

O sistema de cruise control possui 4 tipos de funções:

• Cruise control: O condutor escolhe a velocidade pretendida e pode largar o acelerador. Para desligar o sistema, bastará clicar no botão do volante, ou travar o automóvel. Poderá, ainda, acelerar mais no pedal e, assim que o largar, a velocidade vai regressar até à que estava definida.
• Cruise control adaptativo: A grande diferença deste para o geral está na segurança extra fornecida – através de sensores mede a velocidade do nosso automóvel para os outros e, em caso de aproximação, reduz a velocidade, evitando acidentes.
• Limitador de velocidade: O condutor fixa a velocidade que pretende e, com o sistema ativado, mesmo que acelere mais, a velocidade não vai aumentar. Para cumprir limites de velocidade é, de facto, muito útil.
• Controlo de velocidade semiautónomo: Este último sistema possui todas as funcionalidades dos anteriores e, ainda, corrige possíveis más trajetórias do condutor. Isto é, tem a capacidade de impedir desvios da faixa (em caso de distração) e, ainda, está habilitado a executar ultrapassagens.

É possível poupar combustível com o cruise control?

Respondendo muito diretamente à questão, sim, é possível poupar combustível com o cruise control ativado, mas em situações concretas que iremos detalhar.

A regra é simples de entender: se está a controlar a velocidade, está a evitar uma série de oscilações (travagens, acelerações, etc), o que vai fazer com que consiga poupar combustível.

Num estudo realizado e publicado no International Journal of Transportation Science ant Technology, ficou demonstrado que é possível poupar cerca de 3,3% de combustível, em média, com o cruise control ativado.

Por outro lado, esta poupança é feita em terrenos com pequenos ou nenhuns desníveis, já que, por exemplo, em subidas, o consumo de combustível irá aumentar, pois estará a ser exigida mais potência ao motor para aguentar a velocidade pretendida.

As desvantagens do cruise control

• Pode originar distrações durante a condução;
• Retira os estímulos proporcionados pela condução;
• Menor controlo sobre o automóvel em curvas e ultrapassagens;
• Os tempos de reação são mais longos.

Assim, chega-se à conclusão de que o cruise control pode ser muito benéfico para quem está ao volante, mas, ao mesmo tempo, exige cuidados redobrados para a segurança na estrada.