A taxa de fraude em seguros em Portugal tem aumentado nos últimos anos. Muitas das reivindicações de seguros são, na verdade, tentativas de enganar as companhias seguradoras.
O seguro de carro é, de facto, o mais comum.
Por outro lado, a fraude aos seguros multirriscos (Casa, Comércio e Escritórios, Comunidades...) tem vindo a crescer nos últimos tempos.
O caso mais habitual é a simulação de acidentes. Existem cada vez mais casos de sinistros propositados, de forma a ganharem o dinheiro do seguro.
Os dados oficiais mostram que as seguradoras em Portugal perdem, por ano, mais de 30 milhões de euros em acidentes simulados, nos automóveis e multirriscos.
Apesar de, no geral, ser um acontecimento isolado feito por pessoas comuns, têm crescido as redes criminosas ligadas à simulação de acidentes, sendo uma preocupação cada vez maior das autoridades.
A fraude aos seguros é um crime cada vez mais especializado e profissional. Desta forma, vemos, um pouco por todo o país, crescer redes criminosas que têm todo um sistema montado para criarem sinistros.
Possuem o cabecilha, standes, oficinas, centros de inspeção e os operacionais, também chamados de “kamikazes”, pois, tal como os japoneses na Segunda Guerra Mundial, estão dispostos a arriscar a vida num acidente, para o dono do veículo receber o valor do seguro e o condutor da indeminização por danos sofridos.
Atirarem o carro por uma ribanceira ou de um monte é um dos exemplos mais comuns. Outro é ir contra árvores, muros, ou algo idêntico.
É curioso que, normalmente, as viaturas que fazem parte destes casos são de gama média-alta, desde Mercedes, BMW até Audi e Porsche.
A título individual, os casos mais recorrentes são: quando um carro teve um acidente e já vai para a oficina, o dono deste automóvel tentar danificá-lo mais, para receber o mesmo carro quase novo.
A GNR, a PSP e a Polícia Judiciária têm montado imensas investigações com vista a parar este tipo de crime. Recentemente foram detidos 79 indivíduos em Portugal que se ocupavam desta prática e burlaram uma seguradora em mais de 1,5 milhões de euros,
O Código Penal Português tem mão pesada sobre as fraudes às companhias seguradoras.
Assim, segundo o artigo 219 refere que “Quem receber ou fizer com que outra pessoa receba valor total ou parcialmente seguro” através de um acidente provocado ou agravado e causar danos na integridade física incorre em “pena de prisão até três anos ou com pena de multa.”
Pode, ainda, estar sujeito a uma pena de prisão de 2 a 8 anos se o dano causado for ”de valor consideravelmente elevado”.
Os casos de fraude têm impacto sobre o preço pago pela pessoa que irá adquirir o seguro. Quanto mais fraude houver, mais caro será o seu seguro.
Isto porque, ao comprar um bem de consumo, paga o preço do produto e a parte proporcional do seguro que o comerciante precisa para o seu negócio.
Esta, por sua vez, enfrenta preços de seguro cada vez mais elevados, uma vez que sua seguradora aumenta o preço para cobrir o custo de pagar a fraude estimada. O que vai acabar refletindo-se em aumento do seguro para todos.
Resumindo, acabará a pagar pela fraude dos outros.
Refira-se que a grande maioria dos clientes faz uso adequado do seguro, no entanto, essa pequena percentagem que não o faz é bastante prejudicial para o setor dos Seguros.
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